terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mas o artista (?) ainda não morreu.
Tornou-se o transviado, e gosta disso. Sou melhor que Ícaro, muito melhor.

"On s'est connu, on s'est reconnu
On s'est perdu d'vue, on s'est r'perdu d'vue"

E assim estamos ...



Desvirginizado,
Ícaro

quarta-feira, 5 de maio de 2010

'Beauty can't be seen,
But only kissed, but only kissed,
I have so much love to give,
But where are you and how to be reached?'

A trabalhar,
Francisco

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O mundo parece tão suave. A vida quer-se dura, para que se sinta.
La petit mort.
Merda.


Qu'est-ce que je peux faire?

Não sei,
Francisco

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pus-me (num banco de jardim) a reflectir sobre o que para mim é a arte, ou expressão. Gosto de ver tudo como plástico, moldável, mutável. É também dessa forma que olho para a vida: um todo contínuo o qual moldamos com as nossas escolhas, opções. A vida é barro.




Aime moi moins mais aime moi longtemps.

Francisco

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sim, sou paneleiro.



Patricia - Quelle est votre plus grand ambition dans la vie?
M. Parvulesco - Devenir immortel - et puis mourir.

"À bout de souffle", Jean-Luc Godard

sábado, 20 de março de 2010

Petição Contra as Petições Homofóbicas

Tomamos conhecimento de uma petição que neste site é publicitada, que se intitula 'Contra o Casamento Homossexual'. Como é compreensível, este tipo de iniciativas são hinos à homofobia e ao ódio entre os cidadãos do nosso país (e do mundo). Note-se que, com a patente petição, não nos pronunciamos sobre a forma como foi legalizado o casamento homossexual. Pronunciamos-nos amplamente contra a manifestação de ódio que se revela naquela petição, e pela ideia de liberdade e felicidade individual pelas quais nos guiamos.

Para terminar com ódio. Um viva à vida! Um viva à felicidade humana!

http://www.peticao.com.pt/contra-peticoes-homofobicas

Pela felicidade,
Francisco

P.S. -
Viðrar vel til loftárása, Sigur Rós


sexta-feira, 19 de março de 2010

Letargia. Quero ...
Oh!, Inverno, não fujas, por Deus!

"
O dia deu em chuvoso.
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.

Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.

Bem sei, a penumbra da chuva é elegante.
Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Dêem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.

Hoje quero só sossego.
Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.

Carinhos? Afetos? São memórias...
É preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.

Boca bonita da filha do caseiro,
Polpa de fruta de um coração por comer...
Quando foi isso? Não sei...
No azul da manhã...

O dia deu em chuvoso."


Trapo, de Álvaro de Campo.

Que dramático, non è vero? Fuck me.


Na sala,
Francisco